O Governo de Goiás criou um programa visando ampliar a participação feminina nas áreas de ciência e de inovação. Trata-se do programa Goianas na Ciência e Inovação, lançado nesta quarta-feira, 17/05. O lançamento foi no HUB Goiás, em Goiânia

O programa está no âmbito do Goiás Social, sendo gerido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). O programa será desenvolvido em parceria com Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

Com efeito, o Goianas na Ciência e Inovação prevê a promoção de políticas públicas para estimular a participação feminina na ciência e inovação. Busca, assim, apoiar o desenvolvimento e proporcionar apoio a meninas e mulheres em projetos nesse campo.

Investimento

A projeção inicial é que sejam investidos R$ 4,5 milhões. Esses recursos vão beneficiar aproximadamente 2,5 mil mulheres. Os projetos irão usar estruturas e programas já existentes em Goiás, como o Sukatech, os Laboratórios Includes e as Escolas do Futuro.

O programa deverá ser dividido em algumas etapas.

Implementação

De acordo com o governo de Goiás, o Goianas na Ciência e Inovação foi dividido em três etapas, intituladas despertar, desenvolver e acelerar. Explicamos aqui como cada uma vai funcionar.

Na primeira, a despertar, serão desenvolvidos projetos que despertem o interesse de meninas e adolescentes pela ciência. Na segunda (desenvolver), serão escolhidos projetos voltados a empreendimentos e iniciação científica, sempre liderados por mulheres. Por fim, na terceira (acelerar), serão oferecidos estímulos a startups e a mulheres cientistas. Eles serão focados sobretudo a pós-graduandas. No caso, especialmente especialmente àquelas focadas em Inteligência Artificial (IA) e Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM).

Despertar

Essa etapa, como dissemos, é voltada a despertar interesse de meninas e adolescentes na tecnologia. Além disso, promoverá ações para familiarizá-las com o raciocínio computacional. Nisso, os laboratórios Include oferecerão vagas para meninas e jovens, de 8 a 20 anos.

Nisso, serão oferecidos cursos básicos de robótica e programação, focadas na utilização e criação de ferramentas digitais e de internet das coisas. Eles terão duração de 4 meses.

As vagas oferecidas pelos laboratórios serão ampliadas em 60% para atender a esta nova demanda. Dessa maneira, serão ser ofertadas cerca de 900 vagas em 26 unidades, localizadas em 23 municípios goianos. As inscrições começam no dia 3 de julho. Já as aulas estão previstas para começar em 31 de julho.

Haverá outras iniciativas nesse sentido, que podem ser vistas em detalhes aqui.

Desenvolver

Já essa etapa terá como foco àquelas mulheres cientistas ou empreendedoras que ainda não possuem empresa ou plano de negócio. Aqui, unidades das EFG (Escola do Futuro de Goiás) vão atuar para o desenvolvimento de produtos ou serviços.

Vão ser oferecidas 1.500 horas-atendimento. Ele será feito por equipes formadas por monitores e consultores. Serão atendidas até 12 ideias ou projetos em um ciclo de 4 meses.

Essa etapa também prevê o lançamento, por meio das EFGs, de um edital anual. Ele é voltado para a captação e fomento de ideias, em empreendimentos liderados por mulheres. A publicação do primeiro edital está prevista para julho.

Aceleração

O Goianas na Ciência e Inovação também prevê o aporte financeiro às startups lideradas por mulheres. Nessa etapa, haverá aporte também para àquelas que têm pelo menos 50% de pessoas do gênero feminino em seu quadro societário.

Os aportes serão distribuídos por meio de editais de incubação, aceleração e ações de inovação aberta. Inicialmente, serão atendidas dez startups. A média dos subsídios será de R$ 50 mil por startup em cada ciclo. O  primeiro edital está previsto para o segundo semestre deste ano.

O programa também vai incentivar as mulheres cientistas na pós-graduação. Pela Fapeg, serão selecionados até dez projetos. As áreas contempladas serão a de Inteligência Artificial e outros dez em STEM. Os aportes financeiros previstos serão de R$ 60 mil e R$ 50 mil, respectivamente.

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