O candidato da coligação Brasil da Esperança, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou na última quinta-feira (22) de evento em São Paulo. Nele, houve encontro com representantes de movimentos e associações de idosos e aposentados. Ali, aproveitou para falar das propostas de seu eventual governo sobre aposentadoria, previdência e cuidado com população idosa.
Após receber e ouvir propostas, o Lula destacou a necessidade de humanizar a relação do Estado com a população da Terceira Idade. Mas, na prática, o que seria isso?
Lula, em relação ao que chama de humanizar a relação do Estado com idosos(as), destacou a necessidade de melhoras quanto ao fornecimento de serviços. Neles, destaque para serviços de saúde.
O presidente entre 2003 e 2010 ressaltou ainda que, em seus governos, as filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram reduzidas. “Nenhum trabalhador demorava mais que 20 dias para receber sua aposentadoria”, disse Lula. Hoje, segundo Lula, a espera é bem maior. “A impressão é de que a fila é porque o governo acha que quanto menos pagar, mais dinheiro sobra para ele encher o bolso do orçamento secreto”.
Lula também mencionou exemplos práticos de ações do poder público para a melhoria da qualidade de vida de idosos(as). Entre elas, o incentivo à alfabetização de pessoas idosas e a necessidade de o Estado oferecer, entre outros, o serviço de fisioterapia, por meio do SUS. Isso aconteceria em convênios com as prefeituras.
Retomada do Ministério da Previdência Social
Para viabilizar essas ações, Lula disse que em seu governo será retomada uma pasta esvaziada desde o governo Temer, e extinta sob Bolsonaro. “Então nós vamos recriar o Ministério da Previdência Social. No meu partido a gente tem cota de participação para jovem, para mulher, para negro. Tudo tem cota. E não tem cota para nós (idosos). Nós já somos uma parte muito importante da nação brasileira, e que bom que seja assim”, concluiu.
“Temos que formar muitos cuidadores e transformar isso num serviço público. Por isso falamos uma reforma tributária”, disse Lula.
Lula disse ainda que almeja que seu governo crie fontes de financiamento para serviços à população idosa. Para tanto, planeja readequar o orçamento da União, priorizando áreas voltadas à assistência da população. Nisso, citou o exemplo da Farmácia Popular.
Farmácia popular
Lula falou que a Farmácia Popular precisa, nas suas palavras, “voltar”. Isso foi uma menção direta à proposta do Orçamento para 2023 do governo de Jair Bolsonaro (PL, encaminhada ao Congresso Nacional. Nela, se propõe cortar em 59% as despesas do programa e em 50,7% o Mais Médicos. Tudo isso para favorecer o chamado orçamento secreto.
Esse corte pode inviabilizar a distribuição gratuita de medicamentos à população, restringindo acesso a 13 tipos de princípios ativos de remédios. Eles são usados no tratamento de diabetes, hipertensão e asma, além de produtos como fraldas geriátricas, entre outros. “Muita coisa foi destruída (por Bolsonaro). Remédio que toma de forma contínua tem que ser dado de graça às pessoas”, disse Lula.
Elisangela Monteiro – Professora – Entusiasta da Blogosfera!!