Nova lei de incentivo à produção de chips, aprovada nos Estados Unidos, começou a ser aplicada nesta terça-feira (28/02). E ela pode gerar empregos aqui no Brasil. Explicamos como.

Nova lei dos EUA

Os Estados Unidos começaram a aplicar nesta terça-feira (28) a Lei de Microchips e Ciência (CHIPS and Science Act). Sua intenção é mover ações visando que o país da América do Norte assuma a liderança na produção de semicondutores.

Um dos aspectos que mais chamam atenção é que as empresas estrangeiras subsidiadas não poderão investir na China e na Rússia. Isso mostra que a lei tem um objetivo estratégico, visando uma liderança estadunidense nesse mercado mundial.

Para ganhar dominar o espaço na produção mundial de chips, os Estados Unidos oferecem subsídios astronômicos. Ao todo, serão quase 40 bilhões de dólares  de subsídios, o que corresponde a cerca de 208,9 bilhões de reais. Esses recursos serão para “construir, expandir e modernizar” as ferramentas industriais necessárias, segundo nota do Departamento de Comércio dos EUA.

Como isso pode impactar no Brasil?

Em meio à aplicação dessa nova lei nos Estados Unidos, o governo brasileiro  prepara uma nova política para atrair fabricantes de semicondutores para o Brasil. A demanda nesse sentido já é antiga, pressionada por alguns setores da indústria.

A ideia é reduzir a dependência das importações nesse setor. Estão sendo estudadas medidas como a redução de tributos, menos burocracia na importação dos insumos para produzir semicondutores, além do estímulo ao treinamento de profissionais qualificados.

Além disso, há estudos de medidas visando expandir os investimentos nessa área. Assim, uma das ideias é atrair investimentos e subsídios gerados por essa nova medida do governo dos EUA para empresas brasileiras.

Demanda antiga

A busca por uma solução para reduzir a dependência da importação de chips pelo Brasil não é nova. Ela se arrasta há mais de uma década e meia. Já no ano de 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no seu segundo mandato, criou o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis). O programa dava crédito financeiro a empresas que investem em desenvolvimento de tecnologi

Atualmente, o governo reconhece que tal programa precisa de melhoramentos.

No início de fevereiro, Lula publicou decreto para a criação de um grupo interministerial com objetivo de reverter o processo de liquidação do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). Única fabricante de semicondutores da América Latina, a empresa teve sua extinção estabelecida no governo Bolsonaro.

Empregos

Havendo a captação desses recursos para a construção ou expansão de fábricas de semicondutores no Brasil, a tendência é gerar empregos. E empregos qualificados, atuantes na área de tecnologia. Nesse sentido, fazer cursos nessa área, se preparando para possíveis vagas de empregos, vai ser um grande investimento, pois há promessas de ser mais uns dos setores para o mercado de trabalho, insumos e infraestrutura muito promissor. Então com isso, é importante o brasileiro se preparar para esta JÓIA da tecnologia.

BOA SORTE!!