Pobreza, fome, desemprego e subemprego são realidades no Brasil. Pesquisa recente feita pela Fundação Getúlio Vargas mostra que aproximadamente 1/3 das pessoas do país vive com até meio salário mínimo mensal. Além disso, pouco mais de 60 milhões de pessoas têm algum grau de insegurança alimentar.
Junta-se a isso fatos como que em 13 dos 26 estados, mais Distrito Federal, no Brasil, possuem mais beneficiários(as) de programas sociais que pessoas com carteira assinada. O Brasil bate também recordes de trabalho informal, precarizado e mal remunerado.
Diante disso, um ponto importante dos planos de governo dos candidatos e das candidatas à presidências nas Eleições 2022 são benefícios sociais. Cada qual defende uma abordagem diferente deles em suas propostas. Abaixo, detalhamos algumas. A ordem de apresentação no texto segue a colocação de cada candidato e candidata nas pesquisas recentes.
Lula: volta do Bolsa Família e ampliação do programa
Líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fala da retomada de uma das marcas de seu governo: o Bolsa Família. Além disso, fala de sua ampliação. Até sua extinção em 2021, o programa atendia 14,8 milhões de pessoas em todo o Brasil.
O plano de governo do candidato Lula pode ser lido na íntegra aqui. Cabe lembrar que o programa petista é colaborativo, e recebe ideias que poderão ser debatidas e apoiadas.
A proposta do programa de Lula diz também que o Bolsa Família precisa ser renovado e atualizado, segundo demandas atuais. Lula, caso eleito, pretende implementar “um programa que recupere as principais características do projeto que se tornou referência mundial de combate à fome e ao trabalho infantil e que inove ainda mais na ampliação da garantia de cidadania para os mais vulneráveis,” diz o plano.
Jair Bolsonaro: aposta no Auxílio Brasil
Jair Bolsonaro (PL), candidato de extrema direita à reeleição, aposta no sucesso do Auxílio Brasil. Seu programa promete a manutenção do valor de R$600,00 a partir de 2023. Com a PEC Eleitoral, o valor que antes era de R$400,00 passou a R$600,00 até depois das eleições.
“Aquelas famílias em que o responsável familiar for registrado no mercado formal não perderão o direito ao benefício do programa de transferência de renda, além de receberem um bônus de R$ 200”, diz o plano de governo de Bolsonaro.
O plano de governo do candidato pode ser lido aqui.
Ciro Gomes: programa de renda mínima, seguindo ideias de Eduardo Suplicy
Ciro Gomes (PDT) defende uma política de benefícios sociais ancorada em três eixos principais. São elas: o Programa de Renda Mínima; Abaixar o preço do gás de cozinha; Descontos em dívidas das famílias.
O plano de governo completo do candidato pode ser lido aqui.
O primeiro, a renda mínima, se baseia nas ideias do ex-senador Eduardo Suplicy, englobando valores do atual Auxílio Brasil, do seguro-desemprego e da aposentadoria. No programa de Ciro Gomes, quanto ao gás de cozinha, promete-se que famílias que vivem com até dois salários paguem metade do valor do botijão. Por fim, o plano do ex-governador do Ceará defende a mobilização de Caixa Econômica e Banco do Brasil para renegociação de dívidas das famílias. A ideia é que obtenham descontos de até 70%.
Elisangela Monteiro – Professora – Entusiasta da Blogosfera!!