Auxílio Brasil tem fila de 2,78 milhões de famílias

Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta um dado preocupante sobre o Auxílio Brasil. Segundo os dados, atualmente há 2,78 milhões de famílias na fila para terem acesso ao novo programa social do governo federal. De acordo com a CNM, 5,3 milhões de pessoas têm perfil para receber o benefício do programa.

As informações são referentes ao número de famílias que estavam na fila em abril.

Entre março e abril, a fila mais do que dobrou. De acordo com a CNM, houve um aumento de 116% em relação ao recorte anterior. A fila de espera, assim, saltou de 1,307 milhões de famílias (2,1 milhões de pessoas) para 2,788 milhões de famílias (5,3 milhões de pessoas).

CNM - Confederação Nacional de Municípios | LinkedIn
Créditos/LinkedIN: Reprodução

Não bastasse, o prognóstico para que o problema ser contornado não é favorável. Segundo o o estudo da CNM, o orçamento previsto ao programa este ano é de R$ 89 bilhões. Ele não é mais suficiente para zerar a fila. Esses resultados surgem dez dias depois da publicação de inquérito sobre insegurança alimentar. Atualmente 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer no Brasil. Esse número representa 14 milhões a mais do que no ano passado.

Depois do fim do Auxílio Emergencial, muitas pessoas no Brasil encontram-se sem acesso a qualquer benefício do governo. Isso contribui para que o país volte a níveis de insegurança alimentar anterior aos anos 1990.

Número de pessoas no CadÚnico

Em 2021, dados coletados pela CNM apontavam que mais de 25 milhões de famílias estava registradas no CadÚnico. Em 2022, o número já passa dos 33 milhões de famílias. Isso é pouco mais de 38% da população brasileira, considerando um total de 215 milhões de habitantes no Brasil em 2021.

Ainda que se possa eventualmente usar esse dado para elogiar o sistema do Cadastro Único, o número é preocupante. Isso porque o cadastro é para pessoas que ocupam a faixa de pobreza ou extrema pobreza no Brasil. Um aumento do número de famílias cadastradas implica também no aumento de pessoas nessa faixa. Além disso, é preciso ter em vista que há um grande número de pessoas com cadastros desatualizados.

Preocupação das prefeituras

O estudo da CNM aponta que o aumento da demanda por auxílios vem preocupando os prefeitos. Segundo o estudo, o aumento da demanda reprimida devido ao avanço da pobreza e extrema pobreza vem os assustando. Além disso, são os municípios que são responsáveis pelos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS). Dessa forma, esse empobrecimento é visto primeiro nas cidades.

Ressaltaram ainda a falta de exposição de dados pelo Ministério da Cidadania, responsável pela gestão do Auxílio Brasil. Por isso, a CNM resolveu seguir com um acompanhamento próprio da situação nos 5.570 municípios.

O mapeamento da CNM foi antecipado ao jornal O Estado de S. Paulo no dia 19/06, domingo.

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